Ministério da Saúde lança campanha para incentivar doação regular de sangue
Atualmente, 1,8% da população
brasileira doa sangue. A Campanha tem como objetivo reafirmar a importância do
ato e incentivar novos voluntários
Reforçar a importância da doação,
sensibilizar novos voluntários e fidelizar doadores existentes são os objetivos
da Campanha Nacional de Doação de Sangue de 2017. Com o Slogan “Doe Sangue
regularmente e ajude a quem precisa”, a campanha foi lançada nesta quarta-feira
(14), Dia Mundial do Doador de Sangue. O ministro da Saúde, Ricardo Barros,
participou da solenidade realizada no Hemocentro de Brasília (FHB).
“Uma das prioridades do
Ministério da Saúde é manter os estoques de sangue abastecidos. Uma doação pode
beneficiar até quatro pessoas”, destacou o ministro, nesta quarta-feira,
durante sua participação no evento. “Faremos uma ampla campanha para estimular
a doação de sangue. O objetivo é mobilizar a sociedade e ampliar o número de
doadores no Brasil”, acrescentou Ricardo Barros.
No Brasil, cerca de 3,5 milhões
de pessoas realizam transfusão de sangue. Ao todo, existem no país 27
hemocentros coordenadores e 500 serviços de coleta. Atualmente, 1,8% da
população brasileira doa sangue. Embora o percentual fique dentro dos
parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS) - de pelo menos 1% da
população - o Ministério da Saúde tem trabalhado para aumentar a taxa.
“O sangue é insubstituível. Ainda
não existe nenhum tipo de medicamento que possa substituir o sangue. E quem
precisa, só consegue graças à generosidade de quem doa. O importante é doar
regularmente, pois com o frio e a seca, a tendência é diminuir os estoques”,
explicou o coordenador da área de Sangue e Hemoderivados do Ministério da
Saúde, Flávio Vormittag.
A expectativa para este ano é
reforçar a importância dessa atitude. Para isso, a campanha, que começa a ser
veiculada a partir desta quarta-feira (14), contará com jingle, vídeo e peças
para redes sociais, além da distribuição de material gráfico nos
estabelecimentos de saúde de todo país.
“A campanha publicitária é de
grande relevância, pois é preciso lembrar que sempre há uma vida para salvar.
Nestes 27 anos que frequento o hemocentro tenho sido recebido com sorriso. O
acolhimento é muito gratificante para quem doa um minutinho do seu tempo para
salvar alguém”, disse o doador brasiliense Hélio Fonseca, que acumula mais de
cem doações no hemocentro.
BAIXA NOS ESTOQUES -
No mês de junho, o Ministério da Saúde vem identificando uma modificação da
rotina dos doadores de sangue, em decorrência das proximidades com as férias
escolares, dos feriados de São João e mudança de estação. Tudo isso tem
ocasionado uma baixa nos estoques de sangue no Brasil. A campanha visa uma
mudança desse cenário, incentivado e fortalecendo a doação de sangue no país.
O perfil dos doadores de sangue
se mantém estável ao longo dos últimos anos. Do total de doadores, 60% são do
sexo masculino e 40% do sexo feminino. O maior percentual está na faixa etária
a partir dos 29 anos, com 58% do total dos doadores, enquanto as pessoas de 16
a 29 anos representam 42%.
CONDIÇÕES PARA DOAR -
No Brasil, pessoas entre 16 e 69 anos podem doar sangue. Para os menores de 18
anos é necessário o consentimento dos responsáveis e, entre 60 e 69 anos, a
pessoa só poderá doar se já o tiver feito antes dos 60 anos. Além disso, é
preciso pesar, no mínimo, 50 quilos e estar em bom estado de saúde. O candidato
deve estar descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores
à doação e não estar de jejum. No dia, é imprescindível levar documento de
identidade com foto.
A frequência máxima é de quatro
doações anuais para o homem e de três doações anuais para a mulher. O intervalo
mínimo deve ser de dois meses para os homens e de três meses para as
mulheres.
A doação é 100% voluntária e
beneficia qualquer pessoa, independente de parentesco com o doador. É
importante lembrar que o sangue é essencial para os atendimentos de urgência,
realização de cirurgias de grande porte e tratamento de pessoas com doenças
crônicas, como a Doença Falciforme e a Talassemia, além de doenças oncológicas
variadas que, frequentemente, necessitam de transfusão.
REFERÊNCIA -
O Brasil é referência em doação de sangue na América Latina, Caribe e África.
Desde 2009, a experiência brasileira é utilizada em cooperações técnicas com
mais de 10 países para o fortalecimento e desenvolvimento da promoção da doação
voluntária de sangue, qualificação da atenção integral à pessoa com Doença
Falciforme e aperfeiçoamento da produção de hemocomponentes. Honduras, El
Salvador e República Dominicana são exemplos de parceiros em projetos para o
fortalecimento da doação voluntária de sangue.
Em 2016, o Ministério da Saúde,
investiu mais de R$ 1 bilhão na rede de sangue e hemoderivados (hemorrede). Os
recursos foram destinados ao fortalecimento da rede nacional do SUS para a
modernização das unidades, qualificação dos profissionais e processos de
produção da Hemorrede, além do fornecimento de medicamentos de alto custo a
pacientes. Os investimentos incluem ainda a qualificação dos programas de
atenção integral à pessoa com Doença Falciforme e aperfeiçoamento da produção
de hemocomponentes.
Por
Rebeca Valois, da Agência Saúde
Atendimento à imprensa
(61) 3315-3580 / 2351
Fonte: Portal da Saúde.
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