Cientistas propõem nova técnica para conservação de órgãos a serem transplantados

Os pesquisadores encontraram uma forma de reaquecer tecidos e órgãos tão rápido e uniformemente quanto é possível congelá-los, acrescentando e distribuindo de forma homogênea nanopartículas de óxido de ferro na solução usada para a vitrificação. Agitados por ondas eletromagnéticas, os pequenos pedaços de metal podem elevar a temperatura das amostras biológicas de forma generalizada a uma taxa superior a 130 graus Celsius por minuto no processo de descongelamento, fazendo a água pular a fase de cristalização e evitando danos.

Segundo o artigo científico, com as nanopartículas de óxido de ferro o ritmo de aquecimento das amostras ficou de dez a cem vezes mais rápido do que era possível com métodos convencionais de convecção, em que o calor é distribuído pelo movimento circulatório de áreas quentes e frias. Embora ainda sejam necessárias melhorias para aumentar ainda mais a escala de descongelamento bem-sucedido, a ponto de poder usá-lo com órgãos humanos, os pesquisadores estão otimistas.
Eles já planejam experimentos com órgãos de roedores, como ratos e coelhos, para depois começar as experiências com órgãos de porcos. Só então, depois dos resultados dessas etapas, a pesquisa vai chegar a órgãos humanos. Os cientistas destacam que a tecnologia também pode ser usada além da criogenia, como, por exemplo, na geração de pulsos de calor extremos direcionados que matem células de tumores cancerosos dentro do organismo.
A pesquisa “Improved tissue cryopreservation using inductive heating of magnetic nanoparticles” está disponível em texto completo para os usuários do Portal de Periódicos. Para acessá-la, é preciso inserir o título do artigo no campo Buscar assunto, ou o nome da revista científica Science Translational Medicine na opção Buscar periódico.
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O título inclui: estudos investigativos da biologia humana com ênfase na doença, incluindo pequenos ensaios clínicos; pesquisa sobre modelos de doenças humanas com implicações significativas para o tratamento; comentários sobre política, financiamento, educação e questões regulatórias na medicina translacional; levantamentos de recentes resultados de outras publicações; e edições especiais com revisões e análises detalhadas de tópicos atuais na medicina translacional.
Com informações do jornal O Globo
Alice Oliveira dos Santos
Fonte: Portal CAPES.
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