Insatisfação com saúde é maior no Brasil que na América Latina, diz ONU
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Ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) (Foto: Márcio Pinho/G1) |
País ficou em 108º em aprovação da saúde, entre 126 nações pelo mundo.
Brasil perde para Afeganistão e Serra Leoa em satisfação com serviço.
Brasil perde para Afeganistão e Serra Leoa em satisfação com serviço.
Rafael Sampaio Do
G1, em São Paulo
O índice de insatisfação com a qualidade e o atendimento à saúde é maior no
Brasil do que na média da América Latina, aponta um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado nesta quinta-feira (14). Enquanto o índice de
satisfação com a saúde do país foi de 44%, em média 57% da população da América
Latina demonstrou aprovar o serviço, número maior do que o brasileiro.
Os dados, contabilizados pelo Instituto Gallup em vários países do mundo,
foram coletados entre 2007 e 2009 e são os mais atuais disponíveis, de acordo
com o relatório da ONU. Os indivíduos entrevistados responderam a perguntas
como: "Em seu país, você confia nos hospitais e no sistema de saúde
oferecido?"
O Brasil ficou na 108ª posição em satisfação com seu sistema de saúde, em
comparação com 126 países de todo o mundo, analisados pelo Relatório de Desenvolvimento Humano 2013. O índice de aprovação brasileiro também é menor do
que a média mundial, de 61%.
Nenhum país da América Latina teve índice de satisfação tão baixo quanto o
Brasil - a exceção é o Haiti, em que só 35% da população disse aprovar o sistema
de saúde. Países como Uruguai (77% de aprovação), Venezuela (75%), México (69%)
e Bolívia (59%) consideraram os próprios serviços de saúde melhores do que a
população brasileira.
O Brasil perde em satisfação com a saúde também para países como Afeganistão
(46% de aprovação), Serra Leoa (46%), Camarões (54%) e Senegal (57%). O líder do
ranking é Luxemburgo, pequeno país europeu em que 90% da população disse aprovar
os próprios serviços de saúde.
O Brasil, por outro lado, é apontado como um dos países que universalizou a
vacinação (99% das crianças com um ano receberam ao menos uma dose da vacina
contra a rubéola em 2010, por exemplo).
Para a ONU, uma das principais causas do empobrecimento em muitos países é a
falta de acesso a tratamentos de saúde de qualidade, sejam gratuitos ou não. "Um
serviço de saúde ruim, especialmente ao atender o chefe da família, é uma das
grandes causas da pobreza, pois compromete a fonte de renda familiar e gera
gastos com atendimento particular", diz o relatório.
O Brasil é destaque no relatório pela atuação do movimento sanitarista
realizado por profissionais da saúde. Segundo a ONU, os profissionais
"desempenham um papel central no desenvolvimento do sistema público de saúde
[SUS] do país".
FONTE: G1, 15/03/2013
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