Doenças associadas à obesidade custam quase R$ 500 milhões por ano ao SUS
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A proporção de obesos subiu de 11,4% para 15,8% entre 2006 e 2011
Foto:
Birgit Hofmann / Deposit Photos
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Segundo o Ministério da Saúde, 25% dos R$ 488 milhões são destinados à obesidade mórbida
As doenças relacionadas à obesidade custam R$ 488 milhões todos os
anos aos cofres públicos, informou nesta terça-feira o Ministério da Saúde. Dados divulgados pela pasta indicam que 25% desse valor
destinam-se a pacientes com obesidade mórbida, que, segundo o ministro
Alexandre Padilha, custam cerca de 60 vezes mais do que uma pessoa obesa
sem gravidade.
A pesquisa da Universidade de Brasília (UnB) que apontou esses
valores considerou dados de internação e de atendimento de média e alta
complexidades relacionados ao tratamento da obesidade e de outras 26
doenças relacionadas, como alguns tipos de câncer, isquemias cardíacas e
diabetes.
A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), feita em 2011 pelo
Ministério da Saúde, revelou que a proporção de obesos subiu de 11,4%
para 15,8% entre 2006 e 2011.
A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2009 apontou que 21,7%
dos brasileiros que têm entre 10 e 19 anos apresentam excesso de peso;
em 1970 esse índice era 3,7%. Segundo os dados, 1,14% das mulheres e
0,44% dos homens apresentam obesidade grave, o que representa 0,8% da
população.
Ao todo, há 14,8 milhões de brasileiros obesos. O número equivale à
quase metade dos obesos dos Estados Unidos. De acordo com Padilha,
considerando as pessoas com até oito anos de estudo, o número de obesos é
o dobro do verificado entre a população que frequentou a escola por
mais tempo. Ele também ressaltou que a maior parte dos obesos está na
população mais pobre.
Leia também: Doenças associadas à obesidade custam meio bilhão de reais
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