Inca alerta para malefícios do consumo do narguilé no Dia Nacional de Combate ao Fumo
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Uma hora de uso do produto equivale a fumar 100 cigarros. Cachimbo de origem oriental tem quase 300 mil consumidores no país |
No Dia Nacional de Combate ao Fumo, embora o Brasil tenha motivos para celebrar a redução da prevalência de fumantes nos últimos anos, o uso do narguilé vem chamando a atenção dos profissionais da saúde. De acordo com a Pesquisa Especial sobre Tabagismo (PETab), realizada em 2008 pelo IBGE em parceria com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), já são quase 300 mil consumidores do cachimbo oriental.
E entre estudantes universitários da área de saúde - em pesquisa feita nos municípios de São Paulo, Brasília e Florianópolis - do total das pessoas que declararam consumir com frequência outros produtos de tabaco (além do cigarro industrializado), mais de 55%, declararam fazer uso do narguilé.
Em São Paulo, esse percentual chegou a aproximadamente 80%, de acordo com a pesquisa Perfil de Tabagismo em Estudantes Universitários do Brasil (PETuni) coordenada pelo Inca.
Em São Paulo e Brasília, a apuração foi feita no ano passado; e em Florianópolis, em 2007.
“O fato de esses universitários pertencerem à área da saúde preocupa ainda mais, justamente por eles estudarem os malefícios do tabaco para o organismo. O narguilé engana, dando a sensação de que as impurezas do tabaco são filtradas pela água, o que é um equívoco”, diz o diretor-geral do Inca, Luiz Antonio Santini.
Segundo o pneumologista da Divisão de Controle do Tabagismo do instituto, Ricardo Henrique Meirelles, uma sessão de narguilé expõe o fumante à inalação de fumaça por um período muito maior do que quando ele fuma um cigarro. O volume de tragadas do narguilé pode chegar a 1.000 ml em uma sessão de uma hora. Já o volume de tragadas do cigarro alcança 30 a 50 ml entre cinco a sete minutos. “Uma simples sessão de narguilé consiste em uma centena de ciclos de tragada. Podemos afirmar que em uma sessão, o fumante inala uma quantidade de fumaça equivalente ao consumo de 100 cigarros ou mais”, alerta o especialista.
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FONTE: Portal da Saúde, 29/08/2012
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