Diagnóstico rápido é a melhor arma para combater o autismo



Em 1911, o psiquiatra Eugene Bleuler* criou a palavra "autismo" para designar o fechamento para a realidade -- um dos sintomas típicos da esquizofrenia.

Sabe-se hoje que a fuga da realidade é encontrada em diversos quadros da neurologia e da psiquiatria: na demência, em graves lesões cerebrais ou até mesmo em quadros de psicose depressiva severa, explica Luciana Saddi, blogueira da Folha.com.

A palavra "autismo" se tornou mais conhecida pelo público leigo, quando foi empregada para descrever uma doença que, comprometia o desenvolvimento global de crianças, causando fechamento para a realidade.

"Algumas crianças, apesar de autistas, tem inteligência e fala preservadas, outras apresentam sérios retardos no desenvolvimento da linguagem. Alguns parecem fechados e distantes, outros presos a automatismos, a comportamentos rígidos e a padrões repetitivos", diz.

O tratamento se torna mais eficiente quanto mais precocemente ocorrer o diagnóstico. Em alguns países da Europa como França, Inglaterra e Itália os pediatras são preparados para observar os sinais que possam indicar algum comprometimento desde o início da vida.

O transtorno global do desenvolvimento pode afetar um em cada 166 pessoas. "A melhor arma para lutarmos contra esse transtorno ainda é o diagnóstico e tratamento precoce", diz a psicanalista.

FONTE: Folha.com, 1/04/2012

* Paul Eugen Bleuler (30 de abril de 1857, Zollikon — 15 de julho de 1939, Zollikon) foi um psiquiatra suíço notável pelas suas contribuições para o entendimento da esquizofrenia.

Bleuler nasceu em Zollikon, uma pequena cidade perto de Zurique, na Suíça. Estudou medicina em Zurique e mais tarde em Paris, Londres e Munique. Retornou a Zurique para assumir um cargo no Burghölzli, um hospital universitário.

Em 1886 foi nomeado diretor da clínica psiquiátrica de Rheinau, um hospital localizado em um monastério numa ilha do Reno. Rheinau era famosa pelo seu atraso e Bleuler melhorou condições para os pacientes que viviam ali. Retornou para Burghölzli em 1898 para ser diretor e empregou Carl Jung como interno.

Bleuer é conhecido por nomear a esquizofrenia, doença que era anteriormente conhecida como dementia praecox. Bleuler entendeu que a condição não era uma demência ou exclusiva de indivíduos jovens (praecox significa precoce). Assim, ele nomeou a doença com um termo menos estigmatizante, mas ainda controverso das raízes gregas schizo (dividida) e phrene (mente).

Segundo o Critical Dictionary of Psychoanalysis de Charles Rycroft, foi Bleuler quem introduziu o termo "ambivalência" em 1911. O Oxford English Dictionary refere que Bleuler também criou o termo autismo em uma edição de 1912 do American Journal of Insanity.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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