Ministério da Saúde atualiza casos notificados de febre amarela no país

Os casos envolvem, principalmente, a região Sudeste e são de residentes em zonas rurais ou que tiveram contato com áreas silvestres por motivos de trabalho ou lazer


O Ministério da Saúde atualizou as informações repassadas pelas secretarias estaduais de saúde sobre a situação da febre amarela no país. Até esta sexta-feira (17), foram confirmados 448 casos da doença. Ao todo, foram notificados 1.561 casos suspeitos, sendo que 850 permanecem em investigação e 263 foram descartados. Dos 264 óbitos notificados, 144 foram confirmados, 110 ainda são investigados e 10 foram descartados.

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A vacinação de rotina para febre amarela é ofertada em 19 estados (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Maranhão, Piauí, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) com recomendação para imunização. Vale destacar que na Bahia, Piauí, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a vacinação não ocorre em todos os municípios. Além das áreas com recomendação, neste momento, também está sendo vacinada de forma escalonada a população do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Todas as pessoas que vivem nesses locais devem tomar duas doses da vacina ao longo da vida.

Desde o início deste ano, o Ministério da Saúde tem enviado doses extras da vacina contra a febre amarela aos estados que estão registrando casos suspeitos da doença, além de outros localizados na divisa com áreas que tenham notificado casos. No total, 17,49 milhões de doses extras foram enviadas para cinco estados: Minas Gerais (7,5 milhões), São Paulo (3,58 milhões), Espírito Santo (3,45 milhões), Rio de Janeiro (2,05 milhão) e Bahia (900 mil). O quantitativo é um adicional às doses de rotina do Calendário Nacional de Vacinação, enviadas mensalmente aos estados.

Além disso, foram distribuídas, desde janeiro deste ano, 3,6 milhões doses da vacina de rotina para todas as unidades da federação. Outras 224 mil doses foram enviadas para intensificar ações nos estados do Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio Grande do Sul, Piauí, Pará, Paraíba e DF.

Atualmente, 254 municípios dos cinco estados prioritários (SP, MG, ES, RJ e BA) com intensificação de vacina estão com cobertura vacinal acima de 95%. Em 2016, esse número era de apenas 58 municípios, um crescimento de mais de 300%. Apenas no estado de Minas Gerais foram 189 municípios com cobertura acima de 95%, em contraposição aos 25 no ano passado. É importante destacar que as atuais coberturas vacinais são preliminares, uma vez já que estados e municípios priorizam ações de vacinação.


REFORÇO – O Ministério da Saúde adquiriu cerca de 12 milhões de doses da vacina para febre amarela para entregas até o fim de março. O quantitativo vai reforçar o estoque estratégico da pasta e atender a demanda do país. Deste total, 8,46 milhões foram produzidas por Fiocruz/Bio-Manguinhos (subordinada ao Ministério) e outras 3,5 milhões serão enviadas pelo Grupo de Coordenação Internacional (GCI).

O CGI é composto por quatro agências: Organização Mundial da Saúde (OMS), Federação Internacional da Cruz Vermelha e Sociedades do Crescente Vermelho (IFRC), Médicos Sem Fronteiras (MSF) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), com secretariado da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS).

Devido ao surto atual registrado em algumas regiões de mata, principalmente na região Sudeste, o Ministério da Saúde elabora um plano estratégico para garantir a aquisição de 70 milhões de doses da vacina junto à Bio-Manguinhos, garantindo o abastecimento durante todo o ano. Após a interrupção da transmissão nas regiões afetadas, a pasta vai revisar a área de recomendação de vacinação, bem como a mudança do calendário Nacional de Vacinação.


AÇÕES – Para incentivar a vacinação, foram liberados R$ 13,8 milhões para 256 municípios prioritários dos cinco estados com mais casos (MG, ES, RJ, SP e BA). Isso representa uma população estimada de 8,6 milhões de pessoas. Além disso, o ministério adiantou 40% dos R$ 40 milhões de recursos da vigilância em Saúde. Esses R$ 26,3 milhões serão aplicados em ações de prevenção na área de vigilância para a febre amarela em todo o país. Minas Gerais recebeu também a repasse de R$ 7,4 milhões correspondente ao Bloco de Atenção de Média e Alta Complexidade para cobertura de despesas emergenciais com ações de saúde durante três meses.

Outra frente de apoio do governo federal aos estados é o envio de equipes multidisciplinares de vigilância nos municípios mais afetados, nos estados de MG e ES. Essas equipes atuam desde o início das notificações dos casos na investigação domiciliar dos casos notificados com pacientes ou familiares e auxiliam na capacitação de equipes municipais para investigação dos casos. Esses técnicos do ministério também ajudam na intensificação das ações de controle vetorial e no monitoramento dos macacos nas regiões afetadas. O Ministério da Saúde também enviou equipes da Força Nacional do SUS para auxiliar no atendimento aos pacientes com suspeitas de febre amarela em Minas Gerais.


ANÁLISE DE MACACOS MORTOS - Sobre os estudos do IEC (Instituto Evandro Chagas) e da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) relacionados às análises de macacos mortos de outubro de 2016 na capital fluminense, o Ministério da Saúde informa que os estudos estão em análise e diferem nas amostras e métodos utilizados. Qualquer um dos resultados, no entanto, não interfere na estratégia adotada pelas secretarias de Estado e do município do Rio de Janeiro, com apoio do Ministério de Saúde. Afinal, não há evidência de circulação do vírus da febre amarela na cidade do Rio de Janeiro. As amostras são de outubro de 2016 e, de lá para cá, não houve casos de febre amarela entre humanos nem outros casos de mortes de primatas não humanos (PNH) na capital fluminense. Ainda, vem sendo realizado a análise de mosquitos e nenhum deles apresentou o vírus.

A ação, portanto, permanece a mesma, com o objetivo da ação conjunta do Ministério da Saúde, Estado e municípios de vacinar toda a população fluminense, sendo, na primeira etapa, 55 municípios prioritários para vacinação. Para isso, já foram enviadas 2,05 milhões de doses.

O Estado, em articulação com o Ministério da Saúde, será responsável pela organização do fluxo de vacinação e definição do cronograma dos demais municípios do estado. É importante ressaltar que as pessoas que não vivem ou não irão viajar para as cidades prioritárias, não devem buscar a vacina neste momento. A estratégia visa garantir o abastecimento e a vacinação da população que reside ou viaja para as áreas de risco.






Fonte: Blog da Saúde.


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