Pesquisadora defende suplementação com vitamina D para idosos
Estudos coordenados por Marise Lazaretti Castro (Unifesp), com apoio da FAPESP,
revelam que a carência do nutriente na população de São Paulo é grande,
principalmente entre os mais velhos
Por Karina Toledo
A carência de vitamina D em grandes centros urbanos
como São Paulo já atingiu índices alarmantes, especialmente entre os idosos. O
alerta é da médica Marise Lazaretti Castro, professora da Disciplina de
Endocrinologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), chefe do Setor de
Doenças Osteometabólicas da Escola Paulista de Medicina e pesquisadora do tema
há mais de 15 anos.
Nesse caso, no entanto, a alimentação inadequada não é a vilã, e sim a falta
de exposição solar. A maior parte do nutriente é sintetizada na pele, com o
estímulo dos raios ultravioleta. O processo é prejudicado pelo uso de
filtros.
"Costumam dizer que 20 minutos de exposição nas primeiras horas da manhã ou
no fim da tarde são suficientes, mas isso não é necessariamente verdade. É
difícil você saber ao certo o quanto de sol é necessário. Pessoas negras
precisam de mais tempo do que pessoas brancas e os idosos levam pelo menos o
triplo do tempo para produzir a mesma quantidade de vitamina que os jovens”,
afirmou Castro.
O estilo de vida moderno, afirmou a pesquisadora, não favorece os banhos de
sol. A fim de se adequar à nova realidade, é preciso suplementar.
Para Castro, a suplementação com vitamina D deveria fazer parte da rotina de
acompanhamento geriátrico e ser regra entre os grupos de risco para fratura,
como idosos institucionalizados, pacientes com lúpus, portadores de osteoporose
e mulheres na pós-menopausa.
Leia a entrevista concedida pela
pesquisadora à Agência FAPESP aqui.
FONTE: Agência FAPESP, 24/01/2013
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